+ Popmix 20 anos – Matérias Clássicas: Mallu Magalhães oferece fina agressividade em show em São Paulo

Com apenas 15 anos, revelação folk empolga platéia e
já é apontada como fenômeno

Foto: Vitor Diniz
Mallu Magalhães em show no Milo Garage

Por Vitor Diniz

Se existe um momento em que você deve acreditar no Hype, esse momento é agora. A badalação ocorrida na noite desta quinta-feira, em São Paulo, em torno do show da menina sensação paulistana Mallu Magalhães ratifica esta teoria.

O tradicional Milo Garage, reduto indie no fino bairro de Higienópolis, viveu uma situação curiosa. A tranquilona rua onde está situado o clube foi “palco” de uma incorpada fila. Segundo uma pessoa do staff da casa, duas horas antes do show já havia gente na porta do Milo. Quando Mallu já desfilava seu folk-pop, que lembra muito Jenny Lewis, no interior da balada, boa parte do público ainda esperava na rua e na chuva para vê-lá! Com a capacidade do pequeno, porém aconchegante e charmoso local preenchida, uma pessoa só tinha acesso ao show, a cada outra que fosse embora (o que era raro). Os 160 sortudos que se acotovelavam e esticavam o pescoço para ver a cantora de apenas 15 anos foram testemunhas de um show único, magistral! Mallu causa impacto ao vivo por manter uma “onda teen”, mas simultaneamente contém uma fina agressividade na medida certa ao cantar e ao tocar seu violão e sua gaita com suporte a lá Dylan.

Com um surprendente senso de palco, a grande revelação do underground paulistano mostrou que estava muito à vontade. Tocou Johnny Cash, chamou o paizão para fazer com ela um número e ainda ouviu no final da noite seu nome ser entoado pela galera de forma emocionante.

Foto: Vitor Diniz

Em poucos dias, graças às matérias na MTV, na Folha de S. Paulo e à sua página no My Space, Mallu se tornou a menina de ouro do indie brasileiro. “Mallu Magalhães é um fenômeno, tem a categoria e a classe de uma veterana”, declarou Humberto Finatti após o show que aconteceu na festa do selo Peligro. “Ela precisa apenas ser lapidada”, completou o jornalista e colaborador das revistas Rolling Stone e Dynamite.

Com o suporte de luxo de uma competente banda, Mallu, com o seu ar adolescente, anunciou que tocaria “Tchubaruba Final”, música já conhecida de seu público que acompanhou a menina em alto e bom som (este foi o grande momento da noite!). Os gritos de “mais um” não paravam, mesmo após a cantora já ter bizzado, e Mallu, então, timidamente, perguntou “Serve música repetida?”. Impagável, não é mesmo?

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